Para você não perder seu tempo, já vamos deixar claro que não será possível minerar a moeda Libra, mas se você quiser aprender outra maneira de ganhar dividendos com a Libra, leia esse artigo.
Mineração é o processo de adicionar registros de transações ao livro razão público do Bitcoin, que armazena transações passadas. Este livro razão é chamado blockchain, pelo fato de ser uma cadeia de blocos de transações/registros.
O blockchain serve para confirmar transações para o resto da rede ter conhecimento, e é usado para distinguir transações de bitcoins legítimas de tentativas de reuso de moedas, gasto duplo.
Minerar é intencionalmente feito para ter um uso intensivo de recursos, de forma que o número de blocos encontrados por dia permanece constante. Blocos individuais devem conter uma prova para serem considerados válidos, esta prova é verificada por outros mineradores cada vez que eles recebem um bloco.
Bitcoin usa uma função chamada hash (como se fosse a impressão digital da transação, por ser única) para gerar autenticidade a transação. O propósito fundamental da mineração é permitir aos nós da rede Bitcoin alcançarem um consenso seguro e inviolável.
Minerar é também um mecanismo usado para introduzir novos bitcoins no sistema, e os mineradores recebem taxas e um subsídio de novas moedas criadas pela sua prova-de-trabalho (proof-of-work).
Ambos servem com o propósito de disseminar novas moedas de uma maneira descentralizada bem como motivar pessoas a prover segurança ao sistema.
Mineração de Bitcoin é chamado assim porque se assemelha com a mineração de outras commodities que requer esforço e lentamente faz com que uma nova moeda esteja disponível a uma taxa que se assemelha a taxa de que commodities como ouro são mineradas do solo.
Compensa minerar Bitcoin no Brasil?
Antes de responder essa e outras perguntas, sempre é bom frisar que existe outras formas de ter renda passiva com Bitcoin e outras Criptomoedas, mas temos que ter cautela com os projetos que prometem grandes lucros e facilidades.
Por isso crie um método próprio de investimentos, para não ficar garimpando dicas de Youtubers e Blogs, como o nosso, pois toda indicação há um viés seja ele ideológico ou por força de patrocinadores.
O que vamos abordar aqui, é tudo baseado em nossas experiências com alguns tipos de mineração, tanto na nuvem quanto por hardware, e também vale ressaltar que o custo do kilowatt/hora pode variar de região para região brasileira.
Vamos aos fatos
Em 2017, ajudamos Wagner, nome fantasia, a montar sua RIG DE MINERAÇÃO, e o primeiro passo foi buscar as placas de vídeo com maior custo benefício, tanto de produção quanto de consumo, com esses parâmetros compramos 3 placas de vídeo RX 580 da Raddeon, fonte de energia 800 Watts, Rig Fame (estrutura para montagem), Placa Mãe, Memória, Processador, Pen Drive, Cabo Riser e Cooler de resfriamento, todos equipamentos novos e de qualidade, que totalizaram quase R$ 11.000,00 reais, esse preço está inflado pois na época o Bitcoin estava quase R$ 70.000,00 reais e as peças para montagem de uma rig também acompanharam o preço do Bitcoin.
Enfim, com a rig de mineração montada e configurada é só esperar os rendimentos, com o passar de um (1) mês, fomos fazer a contabilidade dos ganhos, em um (1) mês recebemos de rendimento em Ethereum, cerca de R$ 630,00 reais, e pagamos R$ 450,00 de energia elétrica, baseando no custo do kilowatt/hora na região de Marília, que é de R$ 0,60 centavos o kilowatt/h.
O lucro líquido do Sr. Wagner era de R$ 180,00 reais mais ou menos, já que o preço da criptomoeda vária, e ainda assim não foi contabilizado o custo de internet e refrigeração do ambientem, já que o Sr. Wagner já tinha essas comodidades em sua residência.
Compensa ou Não?
A resposta é: Depende!
Depende de vários fatores, como preço de equipamento, o preço da criptomoeda se está em tendência de alta ou baixa, a dificuldade de mineração (que deixar mais difícil minerar), e o principal é o custo energético abordado acima, se você conseguir eliminá-lo terá seu lucro potencializado, mas como eliminar o custo com a energia?
Simples, você precisará montar uma estação de energia em casa, seja energia solar ou qualquer outra fonte que não te gere custos mensais, mas de todo jeito você precisará investir em equipamento de energia solar.
Opinião
Antes de dar nosso veredito, você deve ter notado que citamos mineração na nuvem mas não abordamos o tema, pelo motivo que o foco do artigo era mostrar nossa experiência com a mineração por hardware, mas logo faremos um artigo completo com o tema “Mineração na Nuvem Compensa?”, aguardem.
Bom, voltando, para o Sr. Wagner e para nós, não compensou.
Muito pelo custo energético, mas também identificamos outras mazelas, tais como o custo benefício em adquirir hardwares caros que ficão defasados em curto espaço de tempo por causa da dificuldade de mineração ou por uma implementação na criptomoeda que aumenta sua dificuldade.
SAIBA MAIS: Como é formada a Associação Libra
Mas o principal é depender de Pools de Mineração (onde mineradores se juntam para formar grupos de mineração é assim dividir os lucros), falamos em depender, pois você até pode minerar sozinho mas terá muita dificuldade por causa da força computacional, com isso ainda temos que depender de um ente centralizado (Pool de Mineração), para repartir os lucros e ainda sim eles podem usar de má fé para tentar hackear criptomoedas, já que possuem força computacional suficiente para fazer tal.
Os mineradores são peça fundamental para o ecossistema, no momento, mas a tendência de médio prazo é que as principais criptomoedas atualizem seu código para o sistema POS (Proof of stake), ao contrário do sistema de mineração (Proof of Word) que exige que você faça um trabalho para receber os pagamentos, o sistema POS você só precisa configurar a carteira e deixar uma quantidade de moeda “X” parada para receber rendimentos.
Master Node
O conceito de um masternode começou a ganhar popularidade graças a criptomoeda Dash.
É bastante interessante ver os masternodes formarem uma espinha dorsal integral da rede, e os operadores recebem recompensas monetárias para a execução de nós na rede, para isso eles também precisam fornecer uma participação financeira própria.
É importante compreender como funciona o ecossistema Dash antes de enxergamos o valor de um masternode. A Dash, um popular altcoin (moeda alternativa ao Bitcoin) focada em privacidade, usa um sistema de prova de trabalho semelhante ao encontrado no Bitcoin. No entanto, isso é apenas parte do ecossistema que permite aos usuários ganharem dinheiro. Nem todo mundo é capaz de contribuir para a rede como um minerador, utilizando o poder computacional de uma máquina, razão pela qual os masternodes foram criados.
Olhe para um masternode como um servidor especial que está no ar em todos os momentos. Os masternodes são confiáveis e descentralizados, de forma semelhante à maneiração como os nós bitcoin operam. Há uma grande diferença, porém, já que os masternodes do Dash cuidam da parte da anonimização do protocolo Darksend. Os usuários podem optar por enviar transações anonimamente usando esse recurso diretamente de sua carteira Dash.
Cada masternode na rede fornece este serviço de anonimização, garantindo que não haja nenhuma parte centralizada para atacar ou derrubar a rede. Além disso, os masternodes garantem que todas as transações sejam validadas em tempo quase real, tornando-as bastante eficientes. Ao contrário dos nós Bitcoin, no entanto, os proprietários de um masternode da Dash receberão uma compensação financeira por fornecer esses serviços inestimáveis para rede.
Renda Passiva
Masternodes individuais na rede têm a chance de ser selecionados como um destinatário de parte do valor de cada bloco “minerado”. À medida que mais tempo progride, masternodes ganham a mesma parcela por recompensa de bloco – 45% – ainda vai demorar mais tempo para os investidores terem um retorno sobre o investimento.
Por exemplo, com 1.000 masternodes em janeiro de 2016, o masternode selecionado ganharia 47.3% de ROI (retorno sobre o investimento) por ano. Aumentar o número de “nós” quatro vezes significa que cada “nó” terá um ROI adicional de 11,8%. Espera-se que este número caia para entre 4,5%e 18,1% anualmente até 2029, dependendo de quantos nós faziam parte do ecossistema naquela época.
Para alcançar esse ROI, os proprietários de masternodes devem transferir 1.000 DASH para a carteira associada a este “nó”. Mover os fundos da carteira removerá o masternode da rede. Além disso, o endereço da carteira não será mais elegível para recompensas.
É possível que os usuários retirem seus fundos da carteira a qualquer momento, embora não seja do interesse de ninguém fazer isso sem mais nem menos. Com as recompensas fluindo em praticamente todas as semanas, há uma grande quantidade de renda passiva a ser gerada pela execução de um masternode.
Considerando tudo, usar um masternode é um sistema intrigante. Foi uma ótima maneira de atrair investidores no início, já que o preço do Dash era muito menor por moeda há alguns anos. Quem possuía acima de 1.000 DASHs como garantia e os colocou para funcionar como masternode, hoje em dia teria ganhado um lucro substancial.
Além disso, dada a valorização do valor do Dash, o interesse gerado passivamente quase quintuplicou em valor também. É duvidoso o Bitcoin nunca ter introduzido os masternodes em seu ecossistema, embora seja muito interessante avaliar se valeria a pena.
Master Node Libra
A Libra será administrada pela Associação Libra, uma organização sem fins lucrativos com sede em Genebra, na Suíça, a qual contará com cerca de 100 membros fundadores.
Os membros da Associação Libra serão os Servidores/nós validadores que operam a Libra Blockchain e formarão o Conselho da Associação Libra que dirigirá a Associação.
Os validadores são os que protegem a rede e confirmam as transações. Inicialmente, apenas os membros fundadores poderão operar os nós validadores, mas eventualmente a associação e a capacidade de operar nós estarão abertas a qualquer detentor da moeda Libra (PoS), em um prazo de cinco (5) anos após o lançamento da rede.
Para ser um nó validador e membro fundador, as organizações precisarão atender aos requisitos técnicos e critérios de avaliação específicos. Se as condições forem cumpridas, mediante aprovação, a empresa terá que fazer um investimento mínimo inicial de US $ 10 milhões em tokens emitidos pela Associação Libra.
Organizações sem fins lucrativos não serão obrigadas a fazer o investimento inicial. No entanto, elas terão que cobrir os custos para executar seu nó. Estima-se que o preço para a execução do nó validador será de aproximadamente US $ 280.000.
Os validadores terão a opção de executar o nó auto-hospedado, no qual eles mesmos o gerenciariam diretamente ou hospedado em serviço na nuvem, onde a organização poderia executar o nó por meio de um provedor de serviços em nuvem.
Requisitos para o Master Node Libra
Deve atender a dois dos seguintes critérios:
– Empresa valer mais de US $ 1 bilhão em valor de mercado ou mais de US $ 500 milhões em saldos de clientes;
– Alcançar mais de 20 milhões de pessoas por ano, multinacionalmente;
– Ser reconhecido como um líder da indústria top-100 estabelecido por uma associação de terceiros. Exemplos incluem a Fortune 500 e a S&P Global 1200.
Como vimos acima, apenas grande corporações poderiam ser um master node Libra, mas depois de cinco (5) anos do lançamento da moeda, a rede será aberta para todos os usuários que querem ser “nós” da rede e ganhar dividendos com a alocação da Libra em master node, MAS até agora não sabemos quantas moedas libra serão necessárias o que pode inviabilizar o serviço para um pequeno investidor.
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